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Esta página é dedicada aos eternos membros e admiradores da Escola de Aprendizagem Musical, Banda de Música e Coral 24 de Setembro. De seus ex-alunos e diretores aos ouvintes da Banda 24 de Setembro, não há quem não tenha uma história marcante de quando "ouviu a banda passar"! 

Se você tem uma história dessas ou quer contar sua trajetória como ex-aluno de nossa querida Escola, fique a vontade... 

Entre em contato conosco pelo e-mail: eambmc24desetembro@gmail.com, que publicaremos a sua e a nossa memória!


Adriano José Bento



Flautista e saxofonista de formação, iniciou seus estudos musicais na Escola de Aprendizagem Musical, Banda de Música e Coral 24 de Setembro no ano de 1989. 

Em janeiro de 2000 ingressou no Conservatório Estadual de Música Haidé França Americano – Juiz de Fora/MG, onde foi aluno dos flautistas Marcos Braga, Estevão Teixeira e Cynthia Munk. 

No ano de 2005, iniciou suas atividades como auxiliar do, até então, professor titular de prática em conjunto Marco Antônio Toledo do Nascimento, na primeira turma do método de ensino coletivo Da Capo na EAMBMC 24 de Setembro. Posteriormente assumiu a função professor de prática em conjunto  e regente titular da referida escola. 

Além dessas atividades educacionais, é solista e um dos fundadores do grupo musical Resgatando Raízes, o qual tem como objetivo divulgar os gêneros musicais Choro, Samba e Bossa Nova. Atua ainda como flautista e saxofonista no grupo Sonata (casamento e cerimoniais). 

Atualmente é regente titular da Banda 24 de Setembro, orientado pelo professor Tiago Ferreira Teixeira, na turma batizada de Tocando em Frente. 

“Minha História musical praticamente se confunde com a da escola, a qual considero minha segunda casa. É uma honra fazer parte deste time seleto como aluno, professor e, mais recentemente, como pai de aluno”.


Cleber Mattos Costalonga 



Nascido na cidade mineira de Mar de Espanha, é filho de Neide e Geraldo Costalonga. Fora matriculado na Escola de Aprendizagem Musical 24 de Setembro, juntamente com seus irmãos Nehemias e Jeferson, no ano de 1988, participando, assim, da primeira turma de alunos da escola de música da cidade.

Ingressou no Exército Brasileiro no ano de 1994 na cidade de Juiz de Fora - MG. Em aproximadamente 25 anos de serviço militar, exerceu o papel de Sargento Músico Clarinetista no 10° BI em Juiz de Fora - MG, 23° Bda em Marabá - PA e, atualmente, na 11° BI em São João del Rei - MG.

Vindo de uma família tradicional cristã, com muitos músicos, exerce, hoje, também, trabalhos voluntários, tocando em orquestras e colaborando na formação de novos músicos na escola de música da Igreja Assembleia de Deus em São João del Rei - MG.


Djan Menegale Martins



Iniciei meu aprendizado musical na primeira turma da Escola de Aprendizagem Musical, Banda de Música e Coral 24 de Setembro e lá permaneci até fevereiro de 1994, quando incorporei às fileiras do Quadro de Policiais Especialistas da Polícia Militar de Minas Gerais.

Iniciei minha carreira militar em 01 de fevereiro de 1994 como Soldado de 2ª Classe, aluno do Curso de Formação de Sargentos na Academia da Polícia Militar de Minas Gerais na cidade de Belo Horizonte.

Formei 3º Sargento em 24 de dezembro de 1994 e fui transferido para a Academia Musical Orquestra Show (AMOS), em Belo Horizonte, agremiação destinada a fazer Shows e bailes na corporação e também na sociedade em geral.

Em agosto de 1995 fui transferido para a Banda de Música do 2° Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais na cidade de Juiz de Fora. Atualmente a Banda de Música pertence ao Estado Maior da 4ª Região da Polícia Militar, que engloba várias cidades no entorno da cidade de Juiz de Fora.

No ano de 1997, passei no Exame de Aptidão Profissional e fui promovido a 2º Sargento em julho de 1998. Já no ano de 2004 passei no Curso de Aperfeiçoamento em Segurança Pública sendo realizado nos seis últimos meses do referido ano, em Belo Horizonte. Fui promovido à 1º Sargento em dezembro de 2007. Em 2012 passei no Exame de Aptidão Profissional, sendo promovido à graduação de Subtenente no ano de 2014.

Como militar recebi as seguintes condecorações: 1) Destaque Administrativo no ano de 1996. 2) Destaque Operacional no ano de 1997. 3) Destaque Administrativo no ano de 1999. 4) Medalha de Mérito Militar Grau Bronze no ano de 2004. 5) Destaque Musical no ano de 2012. 6) Troféu 2 de Ouro no ano de 2014. 7) Medalha de Mérito Militar Grau Prata no ano de 2014.

A Banda de Música PM de Juiz de Fora, da qual faço parte, tem seus serviços visando o público interno e também externo, aproximando e estreitando os laços entre a comunidade e a Polícia Militar. Além das formaturas militares e serviços musicais que são as atividades primordiais, destacam-se os serviços operacionais, no qual os militares atuam na prevenção e repressão à criminalidade em geral. Destaca-se também o Trio Musical do qual eu também faço parte que atua nas atividades em locais onde não comportam o efetivo da Banda como um todo, fazendo apresentações de músicas populares, abrilhantado as solenidades civis e militares.

Além disso, graduei-me em Licenciatura em Estudos Sociais pela Faculdade de Além Paraíba e fui professor de Teoria Musical na Escola de Música 24 de Setembro por vários anos.

Finalizando, gostaria de ressaltar os meus eternos e amados professores de música, Subtenente Carmo, Sargento Guerra, Sargento Lucas, Sargento Brugger, Sargento Silas. Destaco, também, os Presidentes e Coordenadores da EAMBMC 24 de Setembro aos quais sou eternamente grato por tudo. Sem eles não teria acontecido nada em minha vida musical e profissional.

Também não poderia deixar de agradecer e lembrar dos meus companheiros de estudo musical que fizeram parte da PRIMEIRA TURMA da Escola de Música. Companheiros, amigos, irmãos que começaram junto comigo, acreditando em um resultado até então abstrato e que com o passar dos anos foi se solidificando e se transformando no celeiro de artistas que é hoje, reconhecido internacionalmente, inclusive.

Rendo minha homenagem à nossa Gloriosa Escola de Música sendo ETERNAMENTE GRATO por tudo.


Marco Antônio Toledo Nascimento



Começou os estudos musicais na Escola de Música 24 de Setembro em sua primeira turma no ano de 1988. Após os estudos de teoria musical com os Sargentos Guerra e Lucas, passou a aprendizagem da clarineta tendo como professores o Sargento Bruger e o Sub-Tenente Carmo. Após ser aprovado nos concursos para a Policia Militar do Etado de Minas Gerais e Aeronáutica em 1995 vai para o Rio de Janeiro e ingressa da Força Aérea Brasileira para o curso de Soldado Especialista em Música, ao mesmo tempo começa os estudos de clarineta com o professor José de Freitas na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro e se inscreve no Curso Técnico em Música do Conservatório Lorenzo Fernandes, onde tem aulas Percepção, solfejo e Harmonia com a professora Iara Dias e participa da orquestra da instituição.

Em 1996 é aprovado no concurso para Sargento-Músico do Corpo de Fuzileiros Navais e no vestibular da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). Na Unirio começa os estudos de clarineta com o professor Fernando Silveira e integra à orquestra universitária sob a regência do Maestro Ricardo Tacuchian.
Em 1997 é indicado para clarinetista da Banda Sinfônica do Corpo de Fuzileiros Navais e mais tarde exercerá também a função de assistente dos Regentes Comandante Da Costa e Tenente Rabelo. No mesmo ano começa o estudo do saxofone, tendo como professores Carlos Malta e Idriss Boudrioua, iniciando assim, a sua atuação na vida musical da cidade do Rio de Janeiro. Entre os anos de 1997 e 2007 foi instrumentista de grupos como Rio Jazz Orquestra e Caixa Preta e tocou ao lado de grandes personalidades da música brasileira como Adriana Calcanhoto, Seu Jorge, Marcelo D2, Beth Carvalho, MPB4. Em 2003 como guitarrista realizaria uma turnê por 23 países à bordo do Navio Escola Brasil.

Nunca deixando a vida acadêmica, terminou a graduação em Educação Artística - Licenciatura Plena - Música no ano de 2003 e concluiu o mestrado em Música - área Música e Educação em 2007, ambos pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Em 2007 é aprovado em duas universidades francesas para realizar o doutoramento e se muda para a cidade francesa de Toulouse, onde concluiu o doutorado em Música (Cotutela de Tese) em 2011 nas áreas de Educação Musical pela Universidade Federal da Bahia e Musicologia pela Universidade de Toulouse II, Le Mirail, França, realizando, ainda, estágio Pós-Doutoral em Musicologia na Universidade Paris-Sorbonne (2013-2014). No período em que estava na França, atuou em três grupos populares como clarinetista e saxofonista, Bagunça Coletiva (samba), Trio Botequim (Choro) e Jota e Cia (forró), ao mesmo tempo que se interessa pelo repertório do saxofone erudito. Graça a suas pesquisas conheceu o mundo das bandas de música da França, bem como a sua organização pedagógica.

Hoje, de retorno ao Brasil desde 2011, Doutor Marco Toledo é Bolsista de Produtividade em Pesquisa da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP) e professor adjunto da Universidade Federal do Ceará (UFC) Campus de Sobral atuando no Curso de Música-Licenciatura, sendo o coordenador (2013-2014). É docente permanente  dos Programas de Pós-Graduação em Educação Brasileira e Mestrado Profissional em Artes (ProfArtes). Neste último fez parte da coordenação desde a sua criação em 2013 até 2018. É membro do Comitê de Internacionalização da UFC e da Câmara das Ciências Humanas, Linguagem e Artes da FUNCAP. Líder do Grupo de Pesquisa PESQUISAMUS (CNPq), atua como pesquisador em diversos grupos de pesquisa nacionais e internacionais, sendo o coordenador brasileiro do projeto de cooperação internacional com a Universidade Laval (Canadá) intitulado "Estudo sobre as práticas musicais em espaços não institucionalizados no Canadá e no Brasil: formação humana e desenvolvimento através da Educação Musical em comunidades de situação de vulnerabilidade social" com financiamento da CAPES, da FUNCAP e do Ministério de Relações Internacionais do Canadá (PGCI/DFAIT 2015). É membro do Advocacy Standing Committee da Sociedade Internacional para a Educação Musical (ISME) e é embaixador da Federação Internacional de Orquestras de Jovens EUROCHESTRIES, sendo responsável pelo setor América Latina. Orientando suas pesquisas sobre os temas bandas de música, didática instrumental e ensino coletivo de instrumentos musicais, têm participado como convidados de diversos eventos da área e organiza desde 2013 as Conferências Internacionais de Educação Musical de Sobral.
Atualmente atua como instrumentista em projetos no Brasil e no Exterior ligados ao ensino, principalmente como professor de clarineta, saxofone e regente sendo convidado para diversos festivais internacionais de música. É coordenador e regente da Banda Regional do Norte do Ceará "Banda do Norte", além de atuar como clarinetista da Orquestra Sinfônica da UFC em Sobral (OSUFC-Sobral).


Marcus Saramela Medeiros



Falar da minha trajetória na Escola de Música Banda e Coral 24 de Setembro é sempre especial e emocionante.

Conheci a Banda por volta dos meus 12 anos através de uma apresentação de Natal em 2005. Nunca tinha ouvido falar, e que por um acaso (creio ter sido o destino) me deparei com essa apresentação na praça de Mar de Espanha. Fiquei encantado, paralisado, ouvindo a banda tocar. De cara já me apaixonei pelas clarinetas tocando "O Descobridor dos Sete Mares" de Tim Maia, e tive a certeza que era aquele instrumento que eu queria sem nem saber que chamava clarineta.

No ano de 2006, logo no começo, abriu a turma para iniciantes, e eu estava lá. Na época as seleções eram por aptidão, e depois dos testes nos instrumentos, a melhor notícia que eu poderia ter recebido:  consegui a clarineta.

A partir daí, comecei a contar a história da banda, e a banda a contar da minha vida. Foram 8 anos que estive presente na banda, me dedicando, me esforçando, abdicando de compromissos externos e pessoais, tudo com prazer.

Foram tantas histórias que deixaram muitas memórias.

Digo com convicção que boa parte da minha maturidade e minha disciplina como ser humano se deve à banda. Sou eternamente grato aos mestres que me educaram, me ensinaram a chegar nos compromissos na hora certa, a respeitar meus superiores, respeitar meu próximo, e a mim mesmo!

A escola de música não ensina só música, ela educa para a vida!

Aprender música me proporcionou várias experiências e oportunidades, e entre as mais marcantes foi ter o prazer de tocar em peças teatrais, agregando as características dos meus personagens.

Carrego comigo uma passagem muito especial, que diz: "A música é uma revelação maior que toda sabedoria e filosofia" (Ludwig van Beethoven)

Atualmente faço faculdade de Arquitetura e Urbanismo, mas sempre que posso alimento meu coração com a música.


Tiago Teixeira Ferreira




Mestre em Música pelo Programa de Pós-Graduação em Música do Instituto de Artes da UNESP (2016), sob orientação da Professora Livre Docente Marisa Trench de Oliveira Fonterrada. É Graduado em Licenciatura em Educação Musical pela Faculdade de Ciências da Fundação Instituto Tecnológico de Osasco (2013). Dedica-se à pesquisa de práticas criativas em Educação Musical e como elas podem auxiliar nos processos de aquisição da linguagem da música. Ainda, pesquisa a respeito de processos de aprendizagem musical em propostas coletivas de ensino de música. É integrante do Grupo de Pesquisa em Educação Musical do Instituto de Artes da UNESP (2014-2019). É 2º Sargento Músico do Exército Brasileiro, atuando como clarinetista da Banda de Música do Comando Militar do Sudeste (2010-2019). Participa, como cantor, do Coral AMICITATE, Osasco - SP (2017-2019). Foi integrante do Grupo de Clarinetes Palheta Sonora (2015-2017) e, por dois anos, redigiu o Dobrado Sustenido, um semanário musical a respeito de música militar (2017-2018). É aluno do Seminário Permanente de Regência MUSICAD, orientado pelo Maestro Roberto Farias, na cidade de Santo André. Atua como Coordenador Pedagógico, Professor e Regente do Projeto Cadência Musical, em Osasco - SP (2017-2019). Ademais, na cidade de Mar de Espanha - MG, é Coordenador Pedagógico e Professor da Escola de Aprendizagem Musical, Banda de Música e Coral 24 de Setembro, além de atuar como Regente Titular do Coral 24 de Setembro (2018-2019).


Wagner Marinho de Sousa



Iniciei meus estudos na Escola de Aprendizagem Musical, Banda de Música e Coral 24 de Setembro em 1999, motivado pelos amigos que lá estudavam: Douglas, Willerson, Daniel, Jardel, Romulo, Adriano e meu falecido irmão Renan. Ser músico nunca foi um sonho, mais eu queria fazer parte daquele grupo de amigos que se reuniam semanalmente na escola.

A minha turma inicial tinha quase trinta alunos. O professor era o excelente músico Djan Menegale. À época eu apelidei as aulas de “Curso de Sobrevivência”. O aluno precisava passar dois anos e meio só na teoria musical para, posteriormente, receber o instrumento, fora a disciplina quase militar existente. Confesso que na minha época o Rígido Coronel Geraldo não era mais o presidente. Zé Maria era o presidente e o Djan era um professor bem tranquilo, portanto navegávamos em “aguas mais calmas”, mas ainda havia o exigente Sub Carmo pela frente e um longo processo de preparação.

No meu segundo ano de escola ocorreu um fato curioso, o Adriano Bento me aconselhou a frequentar as aulas de leitura métrica (chamávamos de divisão) com o Sub Carmo. As aulas eram dadas para a turma que estava um ano à frente. Essa turma era composta por três alunos: Ivie, Breno, meu irmão Renan.

O Adriano achava que, com isso, eu poderia ir perdendo medo do Sub e avançando na teoria. Outro fator é que a turma que eu estava teve muitos abandonos e estava muito devagar. No fundo, eu acredito que ele tinha esperanças que eu realmente pudesse “cortar” um ano e passasse para a turma mais avançada, mas realmente eu não tinha essa ideia na época, o verdadeiro “choque” foi quando o Sub, já na primeira aula, me pediu para “rezar a divisão”.

O desespero foi total, pois eu não estava esperando por aquilo. Eu era “café-com-leite” e não sabia nada de leitura métrica. Estava em uma turma que já tinha passado por um ano de preparação com o Djan só em divisão, mas estava ali para assistir, etc. Por sorte, eu fui o último a ser testado, e a “reza” já estava no ouvido...rs

Mas eu sabia que não iria sobreviver daquela forma, precisava entender como funcionava aquilo, estava claro que o Sub não me deixaria assistir as aulas sem ser testado. Então, o que fazer? Desistir? Voltar para minha “turminha” tranquila? Talvez em uma das decisões mais difíceis e mais importantes: decidi continuar, até ser expulso pelo próprio Sub!

Fazendo algumas aulas extras com o meu irmão, com o Adriano e com o Stevy, eu fui pegando o jeito. Em 2 meses eu já estava ombro a ombro com o resto da turma! Foi um esforço enorme mais que valeu muito a pena, em seis meses eu fui aprovado! E receberia o instrumento! Ao invés de 2 anos e meio, em um ano e meio eu estava de posse do Sax Alto.

Eu comecei no Sax! Sempre foi o que eu queria. Entre idas e vindas, passei pelo tenor, voltei para o alto, experimentei o soprano, mas, finalmente, entendi que o tenor era o meu Sax preferido e, com ele, estou até hoje.

Nos primeiros anos como aluno-músico fui muito exigido pelo Sub, principalmente por saber que a Banda 24 de Setembro tinha um nível de excelência diferenciado. Era impressionante a diferença de “performance” entre nossa Banda e as outras. Isso se devia à disciplina e ao estilo do “curso de sobrevivência”. O aluno que sobrevivia a quase três anos só de teoria, vinha “babando” quando recebia o instrumento e chegava com um grau bem avançado de leitura e teoria! Havia também uma responsabilidade em manter a reputação como uma das (senão a melhor) banda da região.

Esta forma inicial de ensino tinha vantagens, mas as desvantagens logo se fizeram presentes. A Banda não conseguia crescer, pois os músicos eram aprovados em proporção alta nas provas militares e poucos sobreviviam ao “curso de sobrevivência”. Lembro que até Regente cheguei a ser pois, os “verdadeiros regentes” tiveram que tocar. Isso foi em um Encontro de Bandas em Senador, foi um momento tenso, divertido, e honroso, no final das contas.

Então, depois de uma fase complicada vem um período novo e importante na escola, chamado “método da capo”. Novos alunos, nova metodologia, excelentes professores, enfim, mais uma época de ouro!

Uma nova gestão com a presidente Norma Maria! Fui aluno, monitor, regente por um dia, membro de conselho da escola. Entre idas e vindas estou e estarei por ali, atualmente vejo um novo marco histórico com o projeto “Tocando em Frente”. Essa Banda não perde a capacidade de se reerguer e se reinventar...

Eu cheguei a ter algumas atividades fora da escola. Tocar em uma banda evangélica foi uma delas. Na Igreja Casa da Benção, foi uma passagem rápida de apenas quatro meses, mas muito instrutiva e desafiadora. Entretanto, não era possível ser apenas “músico” lá dentro, de certa forma você começa a fazer parte do cotidiano e da doutrina da igreja e, isso, infelizmente, não era o que mais me atraía...

Na Banda a Furiosa, quase uma extensão da Banda 24 de setembro, comecei em 2003 e, também, lá tive ao longo de quase 15 anos, boas lembranças.

Aos poucos fui perdendo o entusiasmo como músico. Ele voltou com o grupo de Choro e Bossa Nova “Resgatando Raízes”. Foi, sem dúvida alguma, uma das melhores épocas que eu vivenciei como músico. O desafio era sempre grande, muitas histórias e bons momentos. Foi, talvez, uma das poucas vezes que realmente eu sentia que através do meu instrumento, do som que eu produzia, conseguia emocionar as pessoas.

Música é, com certeza, a arte de tocar a alma das pessoas. Após terminar uma música como Carinhoso, (parece que o tenor e o Carinhoso nasceram um para o outro) e sentir os aplausos e a emoção pulsante do público é algo impagável. Nestes breves momentos, talvez eu tenha sentido o que é, realmente, a emoção de ser músico. Naqueles momentos eu percebi que todo o estudo e dedicação de muitos anos tinha valido a pena.

Hoje eu não me considero um ex-músico, mas um músico adormecido. O sax está lá, em um canto do quarto. Às vezes ele me pergunta: e aí vamos reviver estes momentos? Eu respondo: quem sabe?

2 comentários:

  1. Ao amigo e professor thiago, parabenizo a criaçao e a oportunidade dada de fazer parte deste espaço

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    1. Este espaço é nosso Wagner! Muito feliz por poder publicar seu texto! Sempre que quiser escrever ou contar alguma história ou causos de nossa querida Banda, sinta-se à vontade!
      Grande Abraço e aguardo você no Concerto de Fim de Ano, como MÚSICO EXECUTANTE que você é!

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Bem-vindos

A Escola de Aprendizagem Musical, Banda de Música e Coral 24 de Setembro é uma instituição sem fins lucrativos que, desde 1988, dedica-...